sábado, 12 de setembro de 2009






SILÊNCIO IMPOTENTE


Agora eu queria acordar desse sonho que me sufoca

que rasga minhas entranhas e me impede de andar

Queria abrir os olhos e ter certeza que sonhava

que você ainda está aqui, aquém do além que existe em mim

Só queria apertar o STOP

pra que a vida parasse.


Porém meus olhos estão abertos. Nublados,

aguardam a chuva que cairá por dias e dias e dias

Feito aurora boreal eles serão rubros, amarelos, alvos, negros....


Difícil é olhar as fotos que não serão mais fatos

Difícil é matar a dor com gritos se o que me mata é o silêncio

As velhas mãos já não tricotam, incomodadas com o som de minhas lágrimas.


Só queria lembrar a última música que ouvimos juntos

Ou o último filme do Chaplin que choramos ao fim

Mas não consigo,

o inebriante som dos teus cabelos ao vento,

me acenando com a mão

é o que ressoa em meus sentidos

minuto a

minuto

.


Dá-me um travesseiro!

Não posso acreditar que não durmo

Não posso acreditar que não solilóquio

Assisto a tudo, IMPOTENTE.


Quero quebrar minhas algemas, e correr.

Correr até o fim, onde meus braços alcancem,

os teus, e te trazer ou me levar, para ser um.

Para ser só, um,

sempre.


THIAGO ROCHA





.

3 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Só quem conhece bem tem propriedade suficiente p/ descrever o amor, de forma q quem amou de verdade, leia o que foi dito e sinta seus sentimentos ali descritos...

Paulo Dourado disse...

Parceiro, lindo poema...
Se botares uma harmonia, torná-lo-á uma linda canção!
“Parabéns pelo seu talento” já se tornou "lugar comum" entre os meus comentários no METASTÁTICO...Mas é verdade.
PARABÉNS!

 
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