SILÊNCIO IMPOTENTE
Agora eu queria acordar desse sonho que me sufoca
que rasga minhas entranhas e me impede de andar
Queria abrir os olhos e ter certeza que sonhava
que você ainda está aqui, aquém do além que existe em mim
Só queria apertar o STOP
pra que a vida parasse.
Porém meus olhos estão abertos. Nublados,
aguardam a chuva que cairá por dias e dias e dias
Feito aurora boreal eles serão rubros, amarelos, alvos, negros....
Difícil é olhar as fotos que não serão mais fatos
Difícil é matar a dor com gritos se o que me mata é o silêncio
As velhas mãos já não tricotam, incomodadas com o som de minhas lágrimas.
Só queria lembrar a última música que ouvimos juntos
Ou o último filme do Chaplin que choramos ao fim
Mas não consigo,
o inebriante som dos teus cabelos ao vento,
me acenando com a mão
é o que ressoa em meus sentidos
minuto a
minuto
.
Dá-me um travesseiro!
Não posso acreditar que não durmo
Não posso acreditar que não solilóquio
Assisto a tudo, IMPOTENTE.
Quero quebrar minhas algemas, e correr.
Correr até o fim, onde meus braços alcancem,
os teus, e te trazer ou me levar, para ser um.
Para ser só, um,
sempre.
THIAGO ROCHA
.
3 comentários:
Só quem conhece bem tem propriedade suficiente p/ descrever o amor, de forma q quem amou de verdade, leia o que foi dito e sinta seus sentimentos ali descritos...
Parceiro, lindo poema...
Se botares uma harmonia, torná-lo-á uma linda canção!
“Parabéns pelo seu talento” já se tornou "lugar comum" entre os meus comentários no METASTÁTICO...Mas é verdade.
PARABÉNS!
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