domingo, 23 de agosto de 2009


LA PERCEPTION

De fato, não vi.
Não dei conta.
Na calada, o quão errante foram tantos os passos até aqui
Tão grosseiros, tão perdidos
Tão jogados, tão sofridos.

De fato, de tanto somar acabei esquecendo de viver.
De muito, voei sobre teus pensamentos.
De único, penetrei em teu interior, para sempre.
Onde tudo se transformara em uma perturbação
Por ter te aberto a qualquer um.

De fato, não defini.
Tão pouco neguei, o que outrora aceitei com tanto zelo.
De latente, sequer sabia o que estava fazendo.
Perdi, perdi tudo o que construi
Perdi desde o afeto à lealdade; desde a perseverança à esperança.
Enfim, perdi; perdi-me.

De fato, ou não me conheço mais ou nunca tinha sido eu até então.
Porque pari um novo ser.
Um valente ser medroso.
Um utópico ser incrédulo.
Um confiante ser autoritário.
Um qualquer ser ninguém.

E é de não sentir mais meu coração que hoje sinto tudo.
Há tempos já duvidava da existência do amor.
Um amor ser infeliz; de fato.


FELIPE QUEIROGA









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3 comentários:

Paulo Dourado disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Paulo Dourado disse...

Esse eu analisei vírgula por vírgula, pelo msn com o autor!
Muito emocionante, com uma carga de autofagia sentimental muito forte e impressionante.
Esse o Felipe trabalhou no "cerne do afeto".
Metastático sempre aberto a bons textos...

Rhamom Menezes disse...

UAHAHUAHUAHAUAHAHAUHAU

E EU PENSANDO QUE SOU POETA!

FELIPE E MUITO BOM CARA.. E O PRIMEIRO POEMA QUE EU LEIO DELE...

GOSTEI MUITO
PARABENS THIAGO PELO O BLOG
PARABENS FELIPE PELO O POEMA!

 
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