segunda-feira, 3 de agosto de 2009




PEDINTE MEIA-VIDA


Intróito, vago eu neste mundo sem rumo, sem norte
Girando, vejo escondida noite sombria que nunca
tevê
Sereno, ouço
paços que andam sem ter para onde
Chuvoso, leio semblantes deitados na vida a mercê.


Cafuzo, soletro dissílabos em horizontes distantes
Caquético, reconto os andares da metrópole no ar
Soberbo, disfarço meu modo em qualquer terça-tarde
Cambaio, esculpo imberbes num vão subliminar.

Solitário, me dou a caminho de amigos imóveis
Cachorros, andam meus passos sem nem eu chamar
Antálgico, movimentos irreparáveis não transpassam o muro
Poeta, o grafite no branco
sânscreve devanagari.


Vidrado, meus olhos congelam o caminhar de mil coxas
Mulher, é o
contraparente que das coxas desejo ser
Amante, ante um copo e um samba a tudo me soa
Altruísta , irrisório emaranhado levam ao órgão de padecer.


THIAGO ROCHA


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