quarta-feira, 11 de novembro de 2009


LAVRA Ó PÁ


Volto
Ainda que com medo
Volto.

Voltei como quem vai
pr´onde lugar seu se fez
Comum
Indecifrável,
inseparável,
monobloco,
monotato,
monoteu.

Pro teu mundo me entrego
submerso
E me afogo, agonizo e gargalho
E me descubro, desencontro, dizimo, dissipo.

E, ao me deparar diante de ti
Amedrontado pelo que sente
Se é que sente ainda
Todo o sentimento
que de mim nunca saiu,
estremeço.

Queria
piscar
Reviver o que fomos
piscar
E não precisar querer mais nada.

Posto que da pátria-teu-ser, que um dia fiz-me povo
Ainda que eu tema, tente, traia ou torture
De mim, não se discrimina.

Penetra em meu ser,
palavra amada
Sustenta minha respiração
Deita-me em tuas letras
Para que eu possa morrer
A cada ponto final.

THIAGO ROCHA




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3 comentários:

Unknown disse...

Inspiradora

Paulo Dourado disse...

LAVRA Ó PÁ, perfeito desde a concepção do seu título.
Realmente muito inspirador, queria eu encontrar nos braços da palavra o caminho de volta à casa onde meu eu habita!

Intrínsica disse...

Thiago preciso falar cm vc... ql teu email... é importante é referente a proxima temporada "poesia na aldeia"
bjs
Gardenia

 
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